quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

As férias dos benfiquistas

            Numa altura em que o campeonato Inglês não pára para férias, na maioria dos outros países os campeonatos têm uma longa pausa. É nesta pausa que hoje vou incidir, porque todos os adeptos do Benfica devem estar habituados a estas novelas de fim de ano e de verão (como foi o caso de Luisão ).Estas novelas desenrolam-se quase com tanta facilidade como a TVI produz as suas, isto porque surgem na altura ideal para os jogadores ganharem um pouco mais ao negociarem um novo contracto (com respectiva melhoria salarial) ou até mesmo saírem para destinos financeiramente mais atractivos. 
             Os casos que hoje retracto, prendem-se com o os processos disciplinares aplicados pelo Benfica aos jogadores Ruben Amorim e Enzo Perez. Se no primeiro caso, a situação foi desencadeada tanto pelo jogador, como pela maneira como Jorge Jesus geriu a sua utilização, a segunda deve fazer repensar a politica de contratações que eu já inúmeras vezes critiquei em relação ao mercado sul-americano. Quanto ao argentino, o Benfica com a sua politica de transferências, contratou um internacional argentino já com 25 anos, todas as manhas e defeitos de um jogador sul-americano, o jogador não chega a competir oficialmente em condições e parte para uma "guerra" de palavras através de jornais sul-americanos em que se diz pouco acarinhado. Ora se o jogador está lesionado há meses, recebe o ordenado sem que lhe seja exigido muito (ginásio e tratamento) e nunca mostrou credenciais para que tenham sido pagos 5,5 milhões de euros por ele, quererá ele uma estátua ao lado de Eusébio?O Benfica poderia ter evitado esta confusão com um jogador pouco inteligente se não abusasse da sua politica de transferências externa em detrimento da interna (que neste caso também não tem o seu melhor exemplo). 
            Ruben Amorim foi alvo dos mais rasgados elogios por parte do treinador durante os anos que passou no seu "clube do coração", o jogador recebeu esses elogios e passou a ter um discurso ofensivo para o treinador desde a chamada à selecção por Paulo Bento. Nenhum adepto do Benfica se deve rever nas atitudes de Ruben Amorim que nunca escondeu ter o sonho desde menino de vestir a camisola encarnada. Bem vistas as coisas, Ruben não só vestiu a camisola do "seu" clube como ousou envergar a braçadeira e aí sim, está visto que já não existe respeito pelas instituições futebolísticas, visto que até um sócio com tiques de vedetismo goza com toda uma instituição. Jorge Jesus teve o "dedinho" nesta opção do internacional português, ao utilizá-lo incessantemente na lateral direita, lugar que percebemos desde a primeira jornada ( empate em Barcelos) não ser a ideal para este jogador.
            Estes dois casos devem fazer com que a digestão dos fritos e doces de natal dos adeptos benfiquistas só fique realmente feita no dia 1 de Fevereiro, data em que encerra o mercado de transferências de inverno. Mas não se preocupem muito porque se querem a minha sincera opinião, Enzo Perez não vai passar de mais um sul-americano que não vingou e se perdeu por empréstimos e Ruben Amorim vai reconsiderar, pois se seguir os casos de Oceano no Sporting ou Veloso no Benfica - jogadores que de semana em semana mudavam de posição em prol da equipa e que chegaram a ter a HONRA de envergar a braçadeira de capitão de equipa - vai ter com certeza a massa associativa do seu lado e a consciência tranquila, se é que pode pedir isso ao Menino Jesus!

BOAS FESTAS E UM PRÓSPERO ANO NOVO!
SAUDAÇÕES DESPORTIVAS. 

sexta-feira, 11 de novembro de 2011

Portugal está ou não em crise?

          Ao longo destas últimas semanas, deparei-me com algumas situações que por um lado me fazem acreditar que estamos a passar realmente pela situação financeiramente crítica que continua a fazer capa de jornais e de notícias de abertura de telejornais. Por outro lado, existiram situações que me fizeram pensar durante algum tempo se estaria eu em Portugal, visto que os clubes chamados "pequenos" cada vez mais pensam como a maioria dos Portugueses e vive acima das suas possibilidades, endividando-se, o que levará  à  insolvência num futuro próximo.
              Penso que temos assistido a fases diferentes no que toca ao topo da nossa liga portuguesa, sendo nisso que eu me quero debruçar. O Sporting joga o máximo, a um ritmo alto os 90 minutos, um futebol de ataque e atractivo, por outro lado o Benfica e o Porto quando jogam, parece que quando atingem a preciosa vantagem no jogo, deixam de se preocupar com o jogo que estão a disputar fisicamente, passando o psicológico para o jogo seguinte. Portugal está mesmo em crise e o Porto e Benfica fazem jus ao "corte" a que temos assistido por todos os sectores no nosso país. Benfica e Porto guardam aquilo que têm de mais precioso - os três pontos - e passam a gerir o jogo como bem lhes apetece, o Porto com um futebol mais cinzento, mas goleando ( Académica, P.Ferreira e Nacional ), por outro lado o Benfica apresenta um futebol mais atractivo, mas acaba os jogos com dificuldades em manter a vantagem mínima ( Beira-Mar e Olhanense ).
                No que diz respeito às equipas que "parecem" não passar por nenhumas dificuldades estão o Nacional e a Académica, visto que os preços praticados pelas direcções nos seus estádios parecem dignos de qualquer final de Competições Europeias. O caso do Nacional, prende-se com o derby contra o Marítimo que vai contar com preços de ingressos entre os 40 e os 60€ para não sócios do Nacional, mais caros diga-se que o Benfica-Sporting do final do mês! No caso da Académica, já reincidente nestes aspectos, no jogo com o Braga que coincidia com um fim-de-semana de festa universitária - Festa das Latas - e num final de tarde ainda agradável, colocou os seus bilhetes ao preço dos jogos da Liga dos Campeões, visto que paguei para assistir a um jogo da "Champions" o mesmo que pagaria pelo bilhete mais barato para assistir ao Académica - Braga, 20€!
                 Eu pergunto-me se estamos mesmo em Portugal, pois parece que ainda não aprendemos com todos os erros que já cometemos. A gestão danosa que levou o governo a pedir ajuda internacional é a mesma que leva os clubes a endividarem-se e a tornarem-se cada vez mais pequenos, esperemos que esta politica de preços não seja o principio do fim para estas equipas e que não sigam o mesmo caminho que equipas como Farense, Salgueiros ou Boavista...

segunda-feira, 10 de outubro de 2011

As aparências iludem

       Tanto para mim, como para muitos dos analistas e apaixonados pelo futebol, esta Liga Portuguesa revolucionou-se ao longo destas 7 jornadas. A minha apreciação no final da primeira jornada baseou-se numa análise em "baixa" de Sporting e Benfica e na consolidação do Porto...não poderia estar mais enganado (para bem das emoções que a nossa liga transmite aos adeptos do bom futebol) e neste caso, as aparências iludiram-me para uma análise precipitada dos grandes de Portugal.
         Começando pelo Sporting, todas as revoluções no plantel e as constantes alterações dos jogadores que alinhavam no onze inicial de jogo para jogo, não ofereciam confiança suficiente para que os leões se soltassem numa selva cada vez mais minada e que poderia dar lugar a uma grande "depressão" para os lados de Alvalade. No caso do Sporting, as transformações que levaram à série de seis jogos podem explicar-se facilmente pelas saídas do onze de Evaldo, Carriço, Djaló e Postiga e às entradas de Wolfswinkel, Carrillo, Insua e do grande Elias que tornaram o jogo dos leões muito menos depressivo e monótono.
            O Benfica surpreendeu tudo e todos depois da igualdade em Barcelos na jornada inaugural e nota-se no clube muito mais organização, qualidade de jogo, qualidade e quantidade de jogadores, para além de duas características fulcrais em antítese com o último ano desportivo, confiança e seriedade. Jesus tem muitas e boas soluções para construir o onze e o facto de António Carraça e Luis Filipe Vieira terem focado as suas atenções "dentro" do Benfica fez com que o clube passasse a mostrar uma união própria do maior clube de Portugal. Estas características levaram o Benfica a golear, passando com classe alguns desafios de enorme dificuldade, como o jogo no Dragão ou o jogo com o Man.United na Luz, continuando o clube focado nele próprio, não se distraindo por ataques externos.
            O Porto que me parecia novamente que não necessitaria de grande esforço para singrar uma vez mais no campeonato, colocou-se numa posição algo desconfortável depois dos três jogos seguidos sem vencer. Se por um lado a dependência de Hulk e James são "factos", a posição em que V.Pereira se colocou não é de todo a mais inteligente. Ao contrário de V.Boas, o treinador do Porto inventou vários "onzes" querendo lutar com Domingos pelo título de "inventor do ano". Ao contrário do treinador dos leões que teria uma equipa para formar e construir - conseguindo de alguma forma o efeito - Vitor Pereira mexeu, trocou, baralhou e alterou parcialmente a equipa que estava construída da época passada, pois a saída de Falcão não explica tudo.
     Em suma, não vou voltar a fazer juízos e avaliações precipitadas pois as aparências iludem, se no começo o Sporting desiludia, o Benfica alarmava e o Porto passeava, no fim destas sete jornadas temos um Sporting de peito feito, um Benfica com grande classe e um Porto desconfiado.
           Esperemos pelos próximos desenvolvimentos, não esperando porém que eu faça uma avaliação a cada sete jornadas...    

sexta-feira, 19 de agosto de 2011

Meu Querido Mês de Agosto

            Para aqueles que pensam que irei comentar a música "pimba" de Dino Meira, não é esse o meu objectivo com este comentário, estou mesmo a referir-me ao começo dos grandes campeonatos ao longo deste mês, incluindo o português claro!Nos dois meses em que passamos um período de abstinência futebolística em termos oficiais, vão-se comentando novas contratações, valores exorbitantes de passes comprados ao longo deste verão e até novelas envolvendo jogadores que entretêm os portugueses e não só, debaixo de um chapéu de sol da Olá, enquanto comem umas bolas de berlim nas praias portuguesas...
               No futebol português, o Porto é o grande candidato para esta nova época desportiva, isto porque foi a única equipa dos grandes a manter alguns dos grandes trunfos da época fantástica que realizaram, na minha opinião só a excessiva obsessão de Pinto da Costa em contratar jogadores sondados pelo Benfica é o ponto negativo deste clube excelentemente organizado, o mais gritante foi mesmo a contratação de Danilo por 13 milhões de euros!!
           Quanto ao Benfica, a equipa de Jorge Jesus parece cada vez mais perdida, as pessoas são as mesmas, mas a incompetência está a tornar-se mais evidente, o Benfica contratou muitos jogadores, perdendo carácter, dinâmica e organização dentro e fora das quatro linhas, este pode ser o ano de Jorge Jesus....sair, pela porta pequena. O caso Luisão, as contratações que se revelarão falhadas e o futebol pouco dominante do Benfica vão fazer mossa esta época, vai ser o "salve-se quem puder".
          O Sporting com uma técnica de revolucionar tudo, desde o treinador ao departamento médico continua sem rumo, as contratações do meio campo para trás saíram muitos furos abaixo do recomendável e mesmo com um técnico com grandes capacidades, este não vai ter um ano fácil à frente dos leões.
          Quanto às minhas previsões da Liga, as grandes surpresas serão Schaars, Witsel, Nolito, Danilo, Rinaudo, N´Diaye (Guimarães) e Hugo Vieira (Gil Vicente), esperemos para ver.
              O meu último parágrafo fica destinado à brilhante prestação da nossa selecção de sub-20,chegar à final de um mundial não é para todos, fico feliz por ter acontecido, visto muitos dos meus comentários se basearem no esquecimento dos clubes portugueses em apostar nestes novos jogadores que têm um futuro brilhante à frente, para esses clubes deixo uma mensagem: "esqueçam os milhões das transferências bancárias e conselhos de agentes desportivos que matam o que é o futebol e apostem no que é nacional". 
                 
  

quarta-feira, 18 de maio de 2011

País Parecido = Mesma História

          Num país diferente do nosso (não muito porque temos as nossas semelhanças a nível de resgate financeiro) jogou-se uma final Portuguesa entre Guerreiros e Dragões, que terminou com a vitória da equipa teoricamente mais talhada para vencer este troféu. Ainda assim, o Norte sonhou e Portugal venceu!
          Na primeira parte o jogo foi muito táctico, algo lento e com uma relva tão alta, esta prejudicou a velocidade de jogo do Porto e as rápidas transições de contra-ataque do Braga. Aos poucos o pendor do Porto foi aumentando e o Braga preocupou-se demasiado em anular o jogo do meio-campo com marcações cerradas a Moutinho e Guarin e deixou de pensar em construir jogo. O Porto foi dominando os guerreiros e o Braga acomodou-se ao 0-0.
             O Porto na primeira parte tentou sempre entrar pelo lado direito "amarelando" nos primeiros minutos H.Viana e Sílvio e o golo dos campeões nacionais chegou mesmo pelo lado direito e pelo suspeito do costume - o Sr.Liga Europa - Falcão, num movimento de cabeça exímio que fica como imagem de milhões de pessoas nesta temporada da Liga Europa. O golo marcado em cima do intervalo veio premiar a equipa  que foi superior em termos posicionais e de construção de jogo, mas parece-me que o resultado adequado ao intervalo seria o empate.
              Na segunda parte, o Braga começou bem a segunda parte, Mossoró falhou o lance do jogo e o consequente empate e a partir daí o jogo foi controlado pelo Porto, mais cerebral e menos acutilante no ataque, um pouco diferente daquilo que nos habituou (e deliciou) durante toda a época. O tempo foi passando e o Braga chegou aos últimos 30 minutos de jogo com uma estatística impressionante para contrariar - marcar um golo na última meia-hora de um jogo para a Liga Europa - o que nunca aconteceu nesta edição da Liga Europa e que não foi excepção neste jogo. Outro lance fulcral da segunda parte acontece ao minuto 71, depois de uma arrancada excelente de Sílvio que acaba com uma falta claramente para cartão de Sapunaru, o que a acontecer seria o segundo e, consequentemente, traria mais vivacidade e dinâmica ao jogo e colocaria o Braga numa excelente posição para discutir o jogo. Nada aconteceu e o Porto dominou o jogo até final, mesmo com Paulão (melhor jogador em campo) e Artur a avançados nos últimos instantes!
              Numa final em solo estrangeiro, Portugal mostrou que tem capacidade para estar em finais Europeias com mais assiduidade e mais uma vez o Porto festejou antes e depois do jogo, cuidado que ainda se pode vencer mais uma Taça, o Porto pode fazer história ao conquistar a Taça de Portugal e o respectivo "Triplete", a Irlanda foi Norte de Portugal e o Porto foi o vencedor, para não nos desabituar....     

quinta-feira, 28 de abril de 2011

Os mineiros de Manchester

         Mais uma vez, o futebol fascinou-me em mais uma noite fantástica de futebol, desta vez em Gelsenkirchen. Devem perguntar-se mais uma vez o porquê do título, mas a explicação é bem simples: a cidade de Gelsenkirchen é conhecida desde a revolução industrial do séc.XIX como "a cidade dos mil fogos", esta revolução fez com que a cidade passasse a ser explorada através do desenvolvimento das minas de carvão. Desta vez existiram dois mineiros que vieram de Inglaterra para ajudar, neste caso os nomes podem ser desconhecidos, mas depois vão perceber melhor: Wayne e Ryan.
          Estes dois rapazes (um bastante mais experiente nestas andanças do que o outro) fizeram com que a equipa da cidade de Gelsenkirchen - o Schalke 04 - fosse dominada do princípio ao fim dos 90 minutos. Espero que já tenham percebido que estou a falar de Wayne Rooney e de Ryan Giggs, curiosamente os marcadores dos golos do Manchester. O que me fascinou mesmo foi a atitude da equipa de Alex Ferguson, que ao contrário das outras equipas que menosprezaram o Schalke 04 (Valência e Inter Milão), fizeram um jogo perfeito em termos posicionais defensivamente e tacticamente irrepreensível, para além de tudo isto não se pode esquecer do guarda-redes Manuel Neuer, que efectuou um jogo quase perfeito, que fez com que o Manchester não tivesse vencido por mais dois ou três golos.
          Wayne Rooney está na sua melhor fase desta época e com os processos acelerados e perfeitos ofensivamente deste avançado, o Manchester é realmente uma equipa de topo. Ryan Giggs, esse rapazinho com 37 anos (que parece ter 23) deliciou-me do inicio ao fim do jogo. Sim, porque este jogador ainda aguenta 90 minutos em alta rotação tanto no campeonato, como na Liga dos Campeões. É este rapazinho que "monta" o jogo ofensivo do Man.United e que dá outra qualidade técnica ao meio-campo mais trabalhador, típico de uma equipa Inglesa.
              Acredito que muitas das vezes existam pessoas que se esquecem de mencionar Giggs aquando de grandes jogadores que marcaram o futebol mundial, mas este jogador conta com 18 épocas ao serviço do clube de Manchester, jogou até hoje mais de 430 jogos para a Premier League e 115 jogos para a Liga dos Campeões!!Para além disso, não me lembro de muitos jogadores que tenham jogado ao mais alto nível até aos 37 anos e que ainda consigam levar a equipa às costas...
             Mais importante que tudo, o Manchester é um sério candidato a vencer a Liga dos Campeões, até porque a final é em Wembley e a equipa está perfeitamente "oleada" do guarda-redes ao ponta-de-lança, fruto do trabalho de Sir Alex Ferguson, os espanhóis que se cuidem porque em Inglaterra, os diabos vermelhos querem ficar com a Taça em casa.

quinta-feira, 21 de abril de 2011

Quem tem medo...

          O titulo de hoje, vai direitinho a Jorge Jesus e os seus "medos", medo de assumir jogos importantes, depois de ter perdido o campeonato em casa com o Porto, o treinador falou em três taças para ganhar, afinal já só consegue ver duas dessas e numa delas está o Porto, Villareal e Braga, o que me faz deduzir que nessa também não terá sucesso.
            O jogo de ontem só veio confirmar que Jesus não está "talhado" para grandes jogos, logo não pode ser treinador de um "grande". O Porto mostrou mais uma vez que a equipa do Benfica não tem qualidade suficiente para ombrear com o Porto pelo Futebol português, pois esta é uma equipa equilibrada em todos os sectores e tem mais do que apenas 11 jogadores, ao contrário dos encarnados.
             Jesus venceu o ano passado o campeonato porque houve pouco Porto e Sporting, mas existiram ainda assim vários erros em jogos grandes, quando o Benfica jogou com o Porto com a possibilidade de se sagrar campeão, Jesus vacilou e a equipa foi dominada ao longo dos 90 minutos, tal e qual como o que aconteceu em Liverpool, mas depois de vencer o campeonato Jesus foi capaz de "destruir" o Benfica aos poucos e esta época tem sido desastrosa.
          O Benfica de ontem, conseguiu mostrar que é uma equipa com valor individual mas sem chama, processos defensivos ou bem treinada, foi dominada em casa pelo seu grande rival que tinha uma desvantagem de dois golos. Jorge Jesus colocou Jara, Saviola e Cardozo e pediu que defendessem o resultado, colocou apenas Javi Garcia a defender ao contrário do duplo pivot que utilizou no dragão com sucesso. O centro do campo parecia a A1 para jogadores como Moutinho e Rúben Micael, com as faixas a parecerem a IC19, Jesus viu o que estava a acontecer e a sua primeira opção foi aos 70 minutos depois do 2-0 de Hulk, para que não bastasse veio o terceiro e aí Jesus gozou com tudo o que são adeptos que apreciam futebol, e principalmente com os adeptos Benfiquistas ao retirar Javi Garcia para colocar Kardec (sem qualquer qualidade para jogar no Benfica) e César Peixoto para colocar Weldon (que tinha jogado toda a época 31 minutos, distribuído por três jogos), o Benfica perdeu o controlo do jogo e a personalidade.
          Eu teria muito mais para dizer sobre os erros de principiante de uma pessoa que se apelida de "Mestre da Táctica". Querias uma oportunidade para treinar um grande?? se continuas assim, não vais voltar a tê-la porque é incompreensível a tua gestão dos recursos, em dois anos o Benfica passou de Bom a Muito Mau e já se esperava, Jesus tem vários momentos numa época em que pensa que treina o Setúbal ou o Belenenses, equipas que poderiam jogar à defesa contra o Porto, mas afinal era o Benfica que estava a jogar, em casa e com uma vantagem de dois golos, uma verdadeira humilhação para os lados da Luz, fora isso o Porto é a melhor equipa em Portugal e bem capaz de vencer Campeonato, Taça e Liga Europa, Força nisso! 

quinta-feira, 14 de abril de 2011

FMI

          Ao contrário do que se possa pensar eu não venho escrever sobre a ajuda externa de que o nosso país tanto precisa, venho antes falar do Futebol Muito Imponente que as nossas equipas apresentam na Europa. O futebol Português mostrou que não necessita de ajudas internacionais e continua a dar cartas com três equipas nas meias-finais de uma competição europeia que nos assenta perfeitamente.
          O Porto mais uma vez cilindrou uma equipa que parecia mais perigosa antes de se iniciar a primeira-mão no Estádio do Dragão, o Porto com mais um excelente futebol ofensivo transformou um ambiente sempre pesado em Moscovo, em mais um passeio Sul Americano, com um toque Português está claro: Rúben Micael voltou a facturar e a mostrar que merece mais oportunidades num onze de luxo. Depois desta exibição, certamente que o Porto estará na final em Dublin, final essa inédita entre duas equipas portuguesas!
          O Sp.Braga foi um merecido vencedor de uma eliminatória que venceu, primeiro ao fazer uma exibição irrepreensível a nível defensivo em Kiev e depois num jogo de loucos em que poucos acreditavam que poderia terminar num 0-0...O Braga apenas tinha 13 jogadores disponíveis para o jogo,tendo adaptado um avançado a defesa/lateral direito que foi expulso ainda antes da meia-hora. Nunca a expressão "Guerreiros do Minho" lhes caiu tão bem.
          Quanto ao Benfica, desiludiu ao estar a perder por 2-0 antes da meia-hora e completamente perdido em campo, até que Luisão marcou um golo como poucos avançados. Numa segunda parte mais "certinha" o Benfica conseguiu empatar e acabar o jogo por cima, mas mais uma vez (à semelhança do jogos Europeus realizados esta época) a equipa desaparece de jogo durante vários períodos de tempo. Destaco pela positiva as exibições de César Peixoto e do grande Capitão Luisão, mas pelo contrário Cardozo e Saviola fizeram um jogo paupérrimo!
          Contas feitas, acredito que a final seja totalmente Portuguesa e percebe-se que o Porto está em vantagem para erguer o troféu, num país que curiosamente também pediu ajuda ao Fundo Monetário Internacional. Possivelmente se "jogássemos" tão bem a nível económico como a nível futebolístico, não estaríamos numa situação tão incerta nacionalmente falando....Viva o FMI dos nossos três clubes! 

segunda-feira, 28 de março de 2011

A Taça a Preto e Branco

          Todos sabem da minha admiração pelo que os adeptos representam para um espectáculo de futebol e ontem em Coimbra, o espectáculo e o futebol uniram-se para um jogo muito bem disputado e digno de duas equipas de grande qualidade.
            O jogo de Coimbra entre o Guimarães e a Académica de certeza que fez muitos adeptos relembrarem-se da famosa expressão que se mantém intemporal na linguagem futebolística do nosso país: "A Festa da Taça". Ontem, quem assistiu ao jogo pode ter ficado com um amargo de boca pelo facto do jogo não ter tido golos, mas acredito piamente que ficaram fascinados com o futebol praticado (principalmente pela equipa da Académica que terminou o jogo com 63% de posse de bola, 50 ataques e 22 remates) e pela festa fora das quatro linhas que levou cerca de 20.000 pessoas ao Estádio Cidade de Coimbra.
             Quanto ao jogo, a Académica foi muito superior ao Guimarães mas acredito que muito desse domínio tenha sido consentido pela equipa de Manuel Machado, que pareceu sempre muito concentrada e calma, apostando na velocidade e qualidade de Toscano e Targino no contra-ataque. Como já referi anteriormente, a Académica terminou o jogo com 63% de posse de bola, o que espelha o empenho dos "estudantes" em atingirem a final e que ao terminar o jogo ficou bem comprovado no desalento do próprio treinador e de Sougou que estava inconsolável.
                   Fico com a certeza que se existissem mais demonstrações de carinho por parte dos adeptos dos clubes, preços mais baixos nos bilhetes e horários mais acessíveis para que os adeptos possam comparecer num estádio e apoiar a equipa a horas "decentes" de um domingo, a Liga Portuguesa poderia ser mais competitiva e atractiva para quem gosta de futebol e deixasse de ser um Campeonato apelidado de "Segunda Linha" em termos internacionais. 
                  A todos os que fizeram com que percebesse o que realmente é a "Festa da Taça" de que o meu pai e o meu avô sempre me falaram, um MUITO OBRIGADO e já agora Parabéns Vitória!     
      

quarta-feira, 16 de março de 2011

Futebol das Arábias

          Todos nós sonhamos com destinos paradisíacos e as pessoas que estão dentro do mundo do futebol não são excepção. Mais importante do que isso é conseguir aliar uma nova experiência futebolística (diga-se também muito bem remunerada) a um sucesso imediato numa realidade muito diferente daquela a que estamos habituados. Foi essa aposta que fez Toni, antiga glória do futebol português que recentemente voltou a sentar-se no banco de suplentes, aposta essa que está a resultar em excelentes performances por parte do Al-Ittihad.
           Hoje fui ocasionalmente um espectador de um jogo referente à Liga dos Campeões Asiática, dado que a equipa comandada por Toni tem apresentado um futebol agradável e com grande pendor ofensivo. O Al-Ittihad encontra-se no grupo C e conseguiu no último jogo a primeira vitória na história do clube para a Liga dos Campeões Asiática.
           Quanto ao jogo, a equipa Saudita venceu por 1-0 o Bunyodkor no segundo jogo que realiza na competição, com um golo de Osama Al Harbi. Mas não pensem que só destes nomes é constituída esta equipa, para os mais distraídos, esta equipa conta com mais dois portugueses que em termos ofensivos oferecem à equipa um toque de classe, são eles Paulo Jorge e Nuno Assis.O Al-Ittihad criou ao longo do jogo várias oportunidades e o resultado podia ter sido mais expressivo. Com uma primeira parte de grande qualidade, a equipa foi uma justa vencedora.
              Resumindo, só "Eusébios" e "Ronaldos" ficam na história, mas existem muitos mais portugueses por esse mundo fora que nos enchem de orgulho, portugueses esses que um Nacionalista como eu não pode deixar de elogiar, Parabéns!

terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

11-1 = 15

            Podem questionar-se sobre os meus conhecimentos matemáticos,mas foi mesmo esta operação matemática que eu construí na análise do derby Sporting-Benfica. Sucintamente, o título reflecte o jogo de ontem, sendo que o Benfica ficou a jogar com menos um elemento cerca de 45 minutos no terreno do eterno rival e terminou por conseguir uma vitória (diga-se justa!) que colocou os encarnados a 15 pontos de um Sporting cada vez mais apático.
            Começo por enaltecer o espírito de todos os adeptos sportinguistas que se deslocaram ao seu estádio para apoiar uma equipa que pratica um futebol paupérrimo, sem fio de jogo e onde os jogadores não se encontram em campo. Na minha opinião, cerca de 35 mil adeptos do Sporting no estádio é obra!Não acredito sinceramente que isto acontecesse nos outros dois clubes "grandes" se as respectivas equipas praticassem um  futebol que não é digno de equipa "grande".
             Quanto ao jogo, Paulo Sérgio teve de alterar um pouco os nomes do onze inicial face às lesões de Valdés e Carriço e pelo castigo de Evaldo. Os jogadores que tomaram os lugares dos titulares cumpriram as funções, apesar de Grimi estar envolvido pela negativa no primeiro golo dos encarnados. A diferença das duas equipas esteve na atitude e crença dos jogadores, visto que numa altura em que o Benfica passa a jogar com 10 elementos, o Sporting tem 45 minutos para ter mais espaço para construir jogo e, ao contrário do que era esperado num jogo destes, o Sporting limitou-se a fazer passes longos (sem qualquer sentido) para as traseiras da linha defensiva encarnada que terminavam sempre para lá da linha de fundo.
               É no momento das substituições que eu acho que o treinador do Sporting não foi muito inteligente, se a entrada de Salomão só peca por tardia, a entrada de Saleiro e Maniche nada acrescentaram, pelo que também não entendi a saída de Pedro Mendes numa altura em que o Sporting precisava de um construtor de jogo.
            Em suma, o Sporting não foi capaz de aproveitar a desvantagem numérica do adversário por expulsão de Sidnei e em 45 minutos só conseguiu por à prova Roberto numa situação. Destaco pela positiva as exibições de Postiga e Djaló por terem sido os jogadores do Sporting que mais se destacaram em campo (o que não é necessário muito visto que a equipa trabalha a 10 à hora!). Quanto às exibições da parte do Benfica, destaco Nico Gaitán e Salvio, não pelos golos mas pelas batalhas que venceram sempre aos seus marcadores directos. Terminou mais um derby, o Sporting prepara-se para entrar no último terço do campeonato com apenas um ponto a mais que o Guimarães, mas com deslocações complicadas a Guimarães, Porto e Braga...como terminará o Sporting este campeonato e a época?Continua a luta já na quinta-feira frente ao Rangers.

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Novas Oportunidades

          As novas oportunidades fazem hoje as delicias de milhares de portugueses, que por várias razões não puderam terminar a actual escolaridade obrigatória ou que pretendem frequentar um curso profissional que lhes "abra" mais portas no mundo do trabalho, cada vez com menos oportunidades.
           Hoje decidi abordar o tema das novas oportunidades no mundo futebolístico português, que nada têm a ver com as "Novas Oportunidades" com que se deparam os portugueses actualmente.
           O meu primeiro registo vem das sucessivas "Oportunidades" que são dadas a dois treinadores, (para surpresa de poucas pessoas acredito!) os seus nomes são: Paulo Sérgio e Carlos Azenha. O treinador do Sporting não consegue passar a mensagem adequada aos seus jogadores, o que faz com que a equipa não apresente um fio de jogo com qualidade e os seus jogos não passem de 90 minutos de tédio! Por sua vez, o actual treinador do Portimonense, que teve uma passagem desastrosa por Setúbal, continua com os seus resultados bastante negativos em Portimão. Desde que entrou para o comando do Portimonense no final do ano, o treinador liderou a equipa em 5 jogos, obtendo um saldo de 4 derrotas e 1 empate, é obra Carlos!
            A minha segunda análise vai para Sidnei, Otamendi e Carlos Martins. O primeiro, depois da saída de David Luiz, entrou para o onze e hoje em dia, nem os mais cépticos criticam a saída de David Luiz no plano desportivo. Sidnei também sabe sair a jogar, está seguro, concentrado, marca golos e, sinceramente, Luisão é uma grande ajuda, à semelhança da dupla de sucesso que formou com David Luiz. Otamendi ,depois de alguns jogos a suplente demonstra ser o melhor colega de sector de Rolando, sendo notório o seu faro para o golo - o que não é normal num central - além desta qualidade, o central posiciona-se bem e apresenta uma maturidade acima da média para um jogador que faz a sua primeira época na Europa.
            Carlos Martins é um caso diferente, as poucas "Oportunidades" podem justificar-se com a inconstância exibicional de Aimar (fez um jogo excelente mas depois faz três medianos). Carlos Martins merecia mais oportunidades e ontem demonstrou-o a Jorge Jesus! No final do encontro, fez um golo de levantar o estádio e provou que pode ser opção, numa fase em que o calendário fica mais apertado e que é certo que o argentino não vai aguentar em termos físicos...
          

domingo, 6 de fevereiro de 2011

Mais um domingo à tarde...

     Ao contrário das análises que costumo fazer, hoje dediquei-me a todos os jogos deste domingo, referentes à 18ª jornada da Liga Zon Sagres.

Académica – Beira-Mar (3-3)
          Começo por dar os parabéns às equipas da Académica e Beira-Mar por terem disputado uma partida excelente, com uma grande intensidade que só terminou com o apito final. O dérbi da zona centro acabou empatado a três golos, numa partida que contou com reviravoltas e oportunidades constantes para as duas equipas, onde o futebol saiu vencedor sem dúvida.

Leiria – Olhanense (0-2)
          Grande jogo do Olhanense esta tarde, a equipa de Daúto Faquirá alcançou dois golos de vantagem nos primeiros 25 minutos de jogo, gerindo a segunda parte do jogo a seu belo prazer. A equipa atingiu assim a segunda vitória consecutiva na condição de visitante, ocupando actualmente um fantástico sétimo lugar na classificação.

Portimonense – P.Ferreira (0-1)
          Outra das surpresas esta temporada passa pela fantástica prestação da equipa do Paços, apesar do jogo de hoje não ter sido exemplo disso. O Portimonense esteve claramente por cima, criando várias oportunidades, mas pecando muito na finalização. Na minha opinião, o jogo ficou marcado por um erro do árbitro João Ferreira, num lance em que deveria ter mostrado vermelho directo a André Leão (jogador nuclear no Paços) aquando do derrube de Pedro Silva II que estava apenas com o guarda-redes pela frente. Parece-me que o clima das cidades do litoral português, não faz muito bem a Carlos Azenha, que depois de uma passagem horrível pela cidade de Setúbal, passa agora por bastantes dificuldades em Portimão.

V.Guimarães – Nacional (0-0)
          No jogo entre duas equipas candidatas aos lugares europeus, imperou o futebol com coração e com pouca cabeça. O Guimarães esteve mais afoito e criou mais oportunidades na primeira parte, com lances anulados apenas pelo incrível Bracalli que chegou a defender uma bola sobre a linha de golo. Na segunda parte o Nacional tentou equilibrar e criou algum perigo, mas a equipa vimaranense esteve mais forte. Resultado muito “simpático” e sofrido para o Nacional na cidade Berço.

FC.Porto - Rio Ave (1-0)
          O encontro entre o Porto e o ainda "aflito" Rio Ave foi, ao contrário daquilo a que a equipa do Porto nos habitua em casa, um jogo equilibrado principalmente na segunda parte do jogo. Ao intervalo o Porto dominava os acontecimentos e o Rio Ave apenas tentava em contra-ataque, com James Rodriguez, Varela e Hulk a dinamizarem a frente de ataque com qualidade. Na segunda parte, viu-se um Porto mais apático,à semelhança do jogo contra o Benfica. Principalmente nas zonas recuadas, o Porto foi uma equipa pouco concentrada e a equipa do Rio Ave obteve grandes oportunidades para poder alterar o resultado.

V.Setúbal - Benfica (0-2)
          Em Setúbal, o Vitória começou melhor devido ao baixo ritmo do Benfica. A partir dos 20 minutos de jogo, o Benfica começou a dividir o jogo e obteve duas grandes oportunidades por Luisão. O Benfica chega ao golo no momento crucial dos jogo, a 30 segundos do apito para o intervalo Gaitán marca na sequência de um grande passe de Saviola. Na segunda parte o Vitória começou melhor novamente mas eis que acontece na minha opinião o segundo momento do jogo: numa altura em que o Setúbal estava por cima, M.Fernandes colocou William na frente e retirou Silva, o que fez com que o Vitória passasse a perder o controlo do meio campo, a partir daí o Benfica dominou e poderia ter feito mais golos, Miguelito e o egoísmo de Gaitán não deixaram. Nota para Jara que volta a mostrar que é um verdadeiro finalizador e para Luisão, que por momentos me "enganou" com os seus dotes de Ronaldinho! 



quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

E tudo Coentrão levou...até vermelho!

     Como prometido, faço a análise do clássico de ontem entre as duas melhores equipas portuguesas da actualidade, o Benfica e o Porto. Começo primeiro por engrandecer o trabalho das forças policiais, que fizeram com que não existissem problemas de maior entre os adeptos das duas equipas (fora o facto do autocarro do Benfica ter sido de novo apedrejado,mas isso já é habitual aquando das viagens ao Porto).
     Falando propriamente do jogo, tanto o "miúdo" como o "graúdo" tentaram trocar as voltas um ao outro, estas alterações só me levam a uma conclusão: O jogo foi bem preparado pelos dois treinadores,mas a febre de Jesus pela Taça de Portugal falou mais alto.
     Villas-Boas apresentou uma equipa com duas alterações que para mim, fizeram toda a diferença: Sereno não é um lateral, sendo o Porto uma equipa que ataca pelas alas com excelência, Villas-Boas devia ter apostado em Fucile que é mais atacante e dinâmico, podendo assim criar muito mais perigo pela ala esquerda. A outra aposta falhada, foi a de Hulk no centro do ataque, que retira mobilidade ao jogador e a sua capacidade de improvisar fica muito mais reduzida. Nota também para o facto de se notar MUITO a falta de Falcão no ataque.
     Jorge Jesus apostou numa estratégia de contra-ataque, que deu frutos logo na primeira meia-hora, com um Fábio Coentrão endiabrado (nota para o lance do segundo golo, onde ganha a disputa de bola a Sapunaru e Varela). Jesus colocou surpreendentemente Peixoto no centro do meio campo, perto de Javi Garcia e ganhou mais músculo no meio campo, protegendo também o lado esquerdo do Benfica aquando das subidas de Coentrão e Gaitán, este último que fez um grande jogo de sacrifício e entrega.
     Concluindo, Jesus ganhou a Villas-Boas no plano táctico ao apostar num meio campo mais musculado e com as linhas bastante compactas e juntas na hora de defender, o que não acontecia com o Porto, onde simplesmente não foram visíveis Belluschi e Moutinho.Para além do aspecto táctico, Jesus ganhou também no plano psicológico, passando a mensagem certa aos seus jogadores, o Benfica foi uma equipa dinâmica, sem medo de ter a bola e enfrentando um adversário forte na sua própria casa. O Porto por sua vez, foi uma equipa apática, sem ideias e que sub-valorizou o Benfica, um pouco à semelhança do que aconteceu com o Benfica na Supertaça no inicio da época.
     Destaco as exibições pela positiva de Varela pelo Porto e as de Coentrão, Peixoto e Luisão pelo Benfica, o árbitro Paulo Baptista esteve muito bem na partida, o lance de Coentrão é correcto e os penaltis reclamados pelos jogadores do Porto não tiveram razões para serem assinalados.
     Resumindo, vitória justa da equipa mais forte em campo, o FC Porto esteve irreconhecível e não conseguiu impor-se mesmo com um elemento a mais. Dois golos de vantagem que o Benfica leva para uma segunda mão, que dão excelentes perspectivas à equipa de alcançar a final da Taça de Portugal, depois de 5 anos em que o Porto chegou a 4 finais, vencendo 3 destas...  

segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Taça das Apostas (Bwin)

     Como meu segundo comentário,vou referir-me exclusivamente à terceira jornada da Fase de Grupos da Taça da Liga onde os denominados "grandes" enfrentaram equipas de escalões secundários.
     Começando pelos jogos de sábado, o Sporting deslocou-se ao Estoril para defrontar o 13º classificado da Liga Orangina (que não vencia há 6 jogos oficiais). Pareceu-me ao longo de todo o jogo, que os jogadores do Sporting pensavam antes do apito inicial que iriam passar um belo final de tarde pela praia e não pelo relvado de um campo. Destaque para a equipa do Estoril que só tinha vencido uma vez o Sporting, vitória essa na longínqua época de 1975/1976. O Sporting com uma equipa inicial com quatro habituais titulares, mostrou sempre pouca ambição ao longo de todo o jogo. Na minha opinião existem duas justificações para esta má exibição e para a derrota: o Sporting pensou desde cedo que era um jogo para cumprir calendário, num grupo que já estava decidido e o árbitro Cosme Machado esteve mal na marcação dos penalties (o segundo pode-se aceitar, agora o primeiro é inexplicável). Resumindo, venceu a equipa que mais tentou a vitória, resultado justo para o Estoril por 2-1.
     O Porto fez uma curta viagem até Barcelos para jogar com o Gil Vicente, num jogo que ficou marcado pela infelicidade de Emídio Rafael (que recentemente tinha sido pré-convocado para a Selecção Nacional), o Porto não foi além de um empate a duas bolas com o Gil Vicente num jogo disputado a um bom ritmo, com intensidade e emoção. O Porto alinhou com uma equipa secundária, tendo em vista o clássico com o Benfica para a Taça de Portugal e notou-se que existem alguns jogadores do Porto que não têm hipóteses para jogar na equipa titular, na minha opinião os casos de Sereno, Maicon e Walter são os mais flagrantes. Destaco ainda o bom futebol praticado pela equipa do Gil Vicente, com dois protagonistas: Hugo Vieira que bisou e Zé Luis que tem um excelente toque de bola, jogadores jovens que podem perfeitamente dar o salto para equipas da Primeira Liga.
     No jogo de domingo, que opôs o Desportivo das Aves ao Benfica, os encarnados venceram por 4-0 uma equipa que se encontra a meio da tabela da Liga Orangina. À semelhança do Porto, os encarnados apenas colocaram Aimar e Javi Garcia, numa equipa secundária marcada pelas estreias de Jardel e Fernandez. O primeiro teve uma estreia sólida e convincente, quanto ao segundo, o jogo passou-lhe completamente ao lado... O jogo não teve grande história, venceu a melhor equipa em campo, mas sem fazer um jogo de grande qualidade. Destaques na minha opinião para Jara e Nuno Gomes, o primeiro foi o grande dinamizador ao longo de todo o jogo e o jogador que mais merecia o golo, o segundo continua a ser o motivo de conversa para todos os benfiquistas, não merece este jogador mais oportunidades?pelo menos no que toca a convocatórias? Destaco também - mas pela negativa - os casos de Luís Filipe, César Peixoto, Kardec e Felipe Menezes, jogadores que estão a mais no plantel. Não mereceriam jogadores como David Simão, Nelsón Oliveira ou até mesmo Mário Rui?Jovens jogadores portugueses emprestados pelo Benfica que estão a fazer boas temporadas nos clubes que representam?fica a pergunta.....

Até quarta-feira para análise ao Porto - Benfica

quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Académica Clube dos Estudantes

Começando o Blogue,

     Lembro-me de ter ido ver ao vivo o meu primeiro jogo de futebol profissional, num dia de chuva, nada estava planeado e fui com os meus tios e primos ver um ACADÉMICA- Marítimo,esse jogo foi disputado no Estádio Sérgio Conceição em Taveiro.
     Para que este tema seja bem desenvolvido, queria dizer que a Académica venceu o Marítimo por duas bolas a uma. O que mais me fascinou - para além do resultado como é óbvio- centra-se na atmosfera criada pelos adeptos da "briosa", adeptos esses que ainda hoje me continuam a surpreender!A claque Mancha Negra brindou a equipa com a sua presença no treino de hoje, nada de extraordinário, não fosse o facto da equipa já não vencer no Campeonato Português há 5 jornadas (a sua última vitória foi em Setúbal a 26 de Novembro de 2010). 
     O que me fez escrever, foi mesmo o fascínio por estes adeptos, numa manhã de frio em Portugal, deslocam-se ao treino da sua equipa de coração (que não vence há 5 jogos)  e têm uma pequena conversa com o treinador, numa medida de apoio à equipa e que faz com que eu me questione: não merecerão estes adeptos maior consideração e empenho por parte de jogadores que treinam uma ou duas vezes ao dia e têm o salário (ainda chorudo e assegurado) ao final do mês, ao contrário de muitos dos portugueses? 
"Dignidade" é o que eu peço a esses "jogadores" e deixo um recado a esses cerca de 20 adeptos: continuem a sonhar, porque neste caso em concreto, as Meias-Finais da Taça de Portugal significa muito para vocês e vocês merecem.