Tanto para mim, como para muitos dos analistas e apaixonados pelo futebol, esta Liga Portuguesa revolucionou-se ao longo destas 7 jornadas. A minha apreciação no final da primeira jornada baseou-se numa análise em "baixa" de Sporting e Benfica e na consolidação do Porto...não poderia estar mais enganado (para bem das emoções que a nossa liga transmite aos adeptos do bom futebol) e neste caso, as aparências iludiram-me para uma análise precipitada dos grandes de Portugal.
Começando pelo Sporting, todas as revoluções no plantel e as constantes alterações dos jogadores que alinhavam no onze inicial de jogo para jogo, não ofereciam confiança suficiente para que os leões se soltassem numa selva cada vez mais minada e que poderia dar lugar a uma grande "depressão" para os lados de Alvalade. No caso do Sporting, as transformações que levaram à série de seis jogos podem explicar-se facilmente pelas saídas do onze de Evaldo, Carriço, Djaló e Postiga e às entradas de Wolfswinkel, Carrillo, Insua e do grande Elias que tornaram o jogo dos leões muito menos depressivo e monótono.
O Benfica surpreendeu tudo e todos depois da igualdade em Barcelos na jornada inaugural e nota-se no clube muito mais organização, qualidade de jogo, qualidade e quantidade de jogadores, para além de duas características fulcrais em antítese com o último ano desportivo, confiança e seriedade. Jesus tem muitas e boas soluções para construir o onze e o facto de António Carraça e Luis Filipe Vieira terem focado as suas atenções "dentro" do Benfica fez com que o clube passasse a mostrar uma união própria do maior clube de Portugal. Estas características levaram o Benfica a golear, passando com classe alguns desafios de enorme dificuldade, como o jogo no Dragão ou o jogo com o Man.United na Luz, continuando o clube focado nele próprio, não se distraindo por ataques externos.
O Porto que me parecia novamente que não necessitaria de grande esforço para singrar uma vez mais no campeonato, colocou-se numa posição algo desconfortável depois dos três jogos seguidos sem vencer. Se por um lado a dependência de Hulk e James são "factos", a posição em que V.Pereira se colocou não é de todo a mais inteligente. Ao contrário de V.Boas, o treinador do Porto inventou vários "onzes" querendo lutar com Domingos pelo título de "inventor do ano". Ao contrário do treinador dos leões que teria uma equipa para formar e construir - conseguindo de alguma forma o efeito - Vitor Pereira mexeu, trocou, baralhou e alterou parcialmente a equipa que estava construída da época passada, pois a saída de Falcão não explica tudo.
Em suma, não vou voltar a fazer juízos e avaliações precipitadas pois as aparências iludem, se no começo o Sporting desiludia, o Benfica alarmava e o Porto passeava, no fim destas sete jornadas temos um Sporting de peito feito, um Benfica com grande classe e um Porto desconfiado.
Esperemos pelos próximos desenvolvimentos, não esperando porém que eu faça uma avaliação a cada sete jornadas...
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